sexta-feira, 15 de março de 2013

Glossário de termos relacionados à hematologia e à hemoterapia

Doação espontânea: é feita por pessoas motivadas para manter o estoque de sangue da Fundação Hemominas. É decorrente de um ato de altruísmo, sem ter o nome de um possível recepto

Doação de reposição: realizada por pessoas motivadas pela família e ou amigos de pacientes, para repor o estoque de sangue da Fundação Hemominas.

Doação autóloga: doação feita pelo paciente para seu próprio uso.

Doação agendada: é feita por pessoas que marcaram previamente data e horário para seu comparecimento. A doação agendada pode ser espontânea, de reposição ou autóloga.

Doação convidada: é feita por doadores já cadastrados e convidados pela Fundação Hemominas (por telefone, carta, telegrama ou e-mail) para fazer uma doação espontânea.

Doação por aférese: com equipamento especial, que retira do sangue apenas o componente desejado (ex: plaquetas) e devolve ao mesmo tempo os demais componentes (ex: plasma, hemácias) ao próprio doador. Pode ser uma doação espontânea, de reposição, autóloga, agendada ou convidada.

Doador de 1ª vez: é o candidato que comparece à Fundação Hemominas pela 1ª vez, para realizar qualquer um dos tipos de doação acima citadas.

Doador de retorno: candidato à doação que já possui um cadastro na Fundação Hemominas e que retorna, com o objetivo de realizar qualquer um dos tipos de doação. O total de doadores de retorno de uma Unidade é a soma dos doadores esporádicos, aptos e inaptos, com doadores de repetição, aptos e inaptos.

Doador de repetição: é aquele que doa pelo menos duas vezes, na Fundação Hemominas, em período menor ou igual a 12 meses. O doador de repetição poderá realizar qualquer um dos tipos de doação acima citados.

Doador esporádico: doador que comparece à Fundação Hemominas para repetir a doação em intervalo superior a 13 meses. O doador esporádico poderá realizar qualquer um dos tipos de doação.

Doador fidelizado: doador de repetição (que doa pelo menos duas vezes em período menor ou igual a 12 meses) ou aquele que já realizou, no mínimo, três doações em quaisquer Unidades da Hemominas.

Candidato à doação: todo cidadão que, voluntariamente, procura os hemocentros, núcleos e postos de coleta da Fundação Hemominas com objetivo de se tornar um doador de sangue.

Doador inapto: aquele que por algum motivo evidenciado na triagem clínica e laboratorial não pode doar sangue. O candidato pode ser inapto temporariamente - apresentar ligeira febre no dia, por exemplo - ou permanentemente - como ter tido uma convulsão após 10 anos de idade, pois durante o processo de doação é possível desencadear uma crise.

Aférese: procedimento que coleta componente específico do sangue, por intermédio de uma máquina. Quando somente as plaquetas são coletadas, esse procedimento é chamado de plaquetaferese.

Bolsa de sangue: bolsa plástica esterilizada com o sangue total coletado no ato da doação. Contém média de 450 ml de sangue total.

Coagulopatia: alteração na coagulação do sangue. As coagulopatias hereditárias mais comuns são a hemofilia e doença de von Willebrand.

Coleta externa – deslocamento de equipe e equipamentos necessários para a coleta de sangue total em um local fora dos locais de atendimento da Hemominas. Para sua realização, é necessário o planejamento conjunto do hemocentro mais próximo, órgãos públicos de saúde, entidades civis organizadas e veículos de comunicação locais. Agendamento sob consulta à coordenação e ao setor de captação de doadores da Hemominas.

Estoque: quantidade de hemocomponentes disponíveis para distribuição para transfusão. Os estoques são dinâmicos, acompanhados global e sistematicamente pela Diretoria Técnico-Científica. Conforme a necessidade, podem ser realocados entre as unidades da Fundação, com agilidade.

Fracionamento ou processamento: separação dos componentes do sangue que vão ser usados nas transfusões. O sangue não é transfundido integralmente de um doador para um receptor, mas sim um ou mais componentes separadamente, de acordo com a necessidade do paciente. Uma bolsa de sangue total pode gerar, no mínimo, quatro hemocomponentes.

Hemácias fenotipadas: hemácias com classificação para vários grupos sanguíneos, além do ABO e RH.

Hemocomponentes: são as partes que compõem o sangue. Os hemocomponentes utilizados na hemoterapia são os glóbulos vermelhos ou concentrado de hemácias, o concentrado de plaquetas e o plasma (parte líquida do sangue que contém os fatores de coagulação) e crioprecipitado.

Hemocomponentes irradiados: bolsas de concentrado de hemácias ou concentrado de plaquetas que são submetidas à irradiação para inativar células linfóides do doador. Os hemocomponentes irradiados são usados em transplantados, recém-nascidos de baixo peso e transfusão intraútero.

Hemoderivados: são os produtos derivados do plasma após industrialização. Os mais comuns são a albumina, imunoglobulinas e os fatores de coagulação VIII e IX, utilizados no tratamento da hemofilia e outras coagulopatias.

Hemoglobinopatia: doença genética do sangue com alteração na hemoglobina. A mais comum é a doença falciforme. Aquelas pessoas que possuem o gene Hb alterado podem passar essa doença para os filhos, mas não são doentes. São chamadas de portadoras de traço falciforme.

Hemoterapia: emprego terapêutico do sangue, que pode ser transfundido com seus componentes (hemocomponentes) e derivados (hemoderivados).

Hematologia: é a ciência que estuda as doenças do sangue e dos órgãos hematopoiéticos.


Redome: Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea - cadastro nacional que reúne os dados de candidatos à doação de medula óssea.

Sorologia: é o nome dado ao processo de testagem do sangue coletado para exclusão daquele material não adequado para transfusão. São realizados oito testes sorológicos para doenças transmissíveis pelo sangue. Além da sorologia, é realizada a tipificação do sangue para os grupos ABO e RH e pesquisados anticorpos irregulares.

Teste de Ácido Nucleico (NAT) - Teste para detecção de Ácidos Nucleicos do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) e HCV (Vírus da hepatite C), que objetiva diminuir o risco transfusional causado por esses vírus. Desde outubro/2011, o NAT é realizado pela Fundação Hemominas na triagem dos doadores de sangue de todas as suas unidades.

Tipos sanguíneos: os grupos sanguíneos ou tipos sanguíneos foram descobertos no início do século XX (cerca de 1900 - 1901), quando o cientista austríaco Karl Landsteiner dedicou-se a comprovar que havia diferenças no sangue de diversos indivíduos. Os tipos sanguíneos são determinados pela presença, na superfície das hemácias, de antígenos que podem ser de natureza bioquímica variada, podendo ser compostos por carboidratos, lipídeos, proteínas ou uma mistura desses compostos. Existem 26 grupos sanguíneos. Os sistemas antigênicos considerados mais importantes são o sistema ABO (O, A, B, AB) e o Sistema Rh, os mais comumente relacionados às reações transfusionais hemolíticas. A determinação dos grupos sanguíneos tem importância em Hemoterapia, pois torna-se necessário estudar alguns desses sistemas em cada indivíduo para garantir o sucesso das transfusões. Assim, antes de toda transfusão, um dos testes obrigatórios que deverá ser realizado será, pelo menos, a tipagem ABO e Rh do doador e do receptor.


Triagem clínica: consulta com profissional de saúde para verificar se o candidato à doação está apto clinicamente para doar sangue.

Triagem hematológica: exame feito com uma gota de sangue do candidato para verificar se não está anêmico. São feitas a pesagem do candidato e a medição de sua temperatura corporal.

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